Todo mundo mente - Resenha crítica - Seth Stephens-Davidowitz
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Todo mundo mente - resenha crítica

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Tecnologia e Inovação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Everyboy lies - Big Data, new data and what the internet can tell us about who we really are

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-5080-217-6

Editora: Alta Books

Resenha crítica

Os contornos de uma revolução

A consternação foi geral em 2016 diante da vitória de Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. Especialistas, análises e pesquisas davam a certeza de que ele não tinha a menor chance de vencer Hillary Clinton, sua oponente pelo Partido Democrata. 

Afinal, poucos estadunidenses aprovavam suas ofensas e insultos a diversos grupos, tais como mulheres, pessoas negras, homossexuais e imigrantes. Segundo analistas, a maioria de seus prováveis eleitores mudaria de ideia ao se deparar com as visões e atitudes reprováveis do empresário famoso por suas torres, uma fortuna e diversas aparições em programas populares de TV.

Mas, desde as prévias, a internet demonstrava o contrário. Quem trabalhava analisando dados, como o autor, sabe da importância de rastrear as digitais deixadas pelas pessoas enquanto elas navegam pela web. Por meio de botões clicados e teclas digitadas, é possível entender quem realmente somos e como pensamos. 

E, desde 2008, quando Barack Obama chegou ao posto mais alto da política dos Estados Unidos, já era possível monitorar eventuais resultados virtualmente. Tanto é que o então candidato se utilizou dessa ferramenta ao se deparar com pesquisas indicando que a maioria de seus conterrâneos não ligava para a questão racial ao depositar o voto nas urnas. Da mesma forma, as ofensas trumpistas não pareciam relevantes para boa parte dos eleitores.

Institutos especializados usaram técnicas de mineração de dados sofisticados para entender como assuntos que parecem fundamentais ao se pensar a opinião pública nem sempre têm grande reflexo no voto ou em outras decisões. E foi por meio desse tipo de análise que a propaganda republicana soube atingir o sentimento do eleitor médio e o improvável aconteceu.

A era dos dados já começou. E está modificando profundamente a maneira como interpretamos um mundo cada vez mais tecnológico. 

Sua intuição falha

Gostando ou não, os dados desempenham um papel cada vez mais importante na sociedade. E não vai parar por aí. É possível notar, por exemplo, como jornais e portais de notícia dedicam espaços generosos a reportagens baseadas nesse tipo de análise. 

Já existem empresas com equipes dedicadas exclusivamente a destrinchá-los para direcionar com mais precisão suas propagandas. E o que falar de investidores, oferecendo milhões de dólares para que startups possam armazenar cada vez mais dados? 

Ainda que você não tenha aprendido a lidar com tudo isso, é bom saber que é impossível não deixar rastros no cotidiano digital. 

A lição mais incrível aprendida pelo autor desta obra é que uma boa ciência de dados é menos complicada do que pensamos, justamente por ser muito intuitiva. Isso porque sua função primordial é identificar padrões e prever como uma variável pode afetar outra. E isso acontece o tempo todo. 

Basta pensar no quanto você mesmo tem uma grande base de dados de relacionamentos anteriores, coletados de histórias pessoais, de familiares e amigos. Suas decisões futuras têm relação direta com a bagagem coletada ao longo do tempo. No mundo virtual acontece algo muito semelhante. Em alguns momentos, sua intuição falha e as atitudes tomadas levam a caminhos ruins, indesejáveis. Mas seu padrão de comportamento dificilmente muda e isso diz muito sobre você.

Os dados reinventados

É bom deixar claro: precisamos saber interpretar dados para utilizá-los de forma correta. Isso se dá porque eles podem ser enviesados e nos levar a conclusões precipitadas. O tão falado Big Data tem o poder de reinventá-los, usar corpos, palavras e fotos na internet como seu aprimoramento, alterando nossa percepção da realidade. 

Tome como exemplo uma informação importante divulgada para o mercado financeiro. Segundos depois do anúncio, a repercussão começa a se dar em efeito dominó pelos portais de notícias. Então, tal fato passa a ser discutido, analisado e detalhado por especialistas de jornais e setores de nicho.

Instituições financeiras e o governo podem tomar decisões importantes, que afetam a vida de todos os cidadãos, pouco tempo depois de o fato ter se tornado público.  Assim, dezenas de milhões são movimentados entre diversos lugares, como lucro ou prejuízo. 

Muito provavelmente, essa informação tão impactante tem a ver com dados. Pode ser o índice de desemprego, a inflação, pesquisas eleitorais ou projeções de faturamento das maiores empresas de capital aberto. 

Mas e se eles tiverem sido aferidos de forma equivocada ou enviesada? Percebeu como um erro de avaliação e de interpretação pode causar impactos irreversíveis?  

Nem sempre as buscas no Google, por exemplo, refletem a realidade de uma grande comunidade. Pode haver um tipo de pesquisa frequente em um nicho que, de forma isolada, não diz muito sobre comportamentos de massa. Analisar dados é muito mais do que colocar números em gráficos e assim tirar conclusões precipitadas. 

O mundo todo é um laboratório

Agora que passamos da metade deste microbook, precisamos recordar que diariamente somos bombardeados pela mídia. Não só com informações e notícias atualizadas segundo a segundo, mas também com estudos baseados em correlações e supostas causalidades. 

Um exemplo hipotético é clássico: quem bebe uma quantidade moderada de álcool tende a ter uma vida mais saudável. Mas isso não significa, necessariamente, que essa ingestão melhorará o funcionamento do organismo. Não há qualquer evidência prática de que um fato interfere diretamente no outro. Pode ser que a vida mais saudável permita o consumo alcoólico leve e controlado. 

Tal exemplo é citado justamente para demonstrar de maneira didática que os dados precisam ser muito bem avaliados antes de se tirar conclusões. Caso contrário, podemos ser induzidos a precipitações e distorções. Isso porque podem existir outros fatores interferindo diretamente para chegarmos à conclusão do exemplo. E sem analisá-los, o estudo se torna enviesado. 

É importante entender essa dinâmica para não cair no erro de se debruçar sobre dados de comportamentos e tendências de um só grupo e tomar os resultados como verdade absoluta para um público mais amplo. Lembre-se de que é possível dividir a população em diversos estratos diferentes de acordo com o que se analisa. 

Entendendo o mundo como um verdadeiro laboratório para experimentos com dados podemos compreender melhor de quem e para quem estamos falando.

Big Data é cascata? 

Podemos definir Big Data como dados com maior variedade possível, chegando em volumes crescentes e com cada vez mais velocidade. Em resumo, trata-se de um conjunto complexo com fontes variadas para analisar comportamentos, tendências, costumes e outros aspectos dos usuários. 

Até aqui, ficou claro o quanto um mundo tão digital se utiliza desse método para fins políticos, publicitários, de vendas e até mesmo de análises aprofundadas sobre a sociedade. E também precisamos deixar claro que mesmo as novas fontes de Big Data não são capazes de prever com precisão quais as tendências de movimentação de ações dos internautas. 

Sozinho, sem uma análise aprofundada por especialistas no assunto, não tiramos nada mais do que conclusões precipitadas e até enviesadas sobre o que os dados querem nos dizer. Mas quando um trabalho sério e minucioso é feito com esta ferramenta, até mesmo eleições são decididas de acordo com as estratégias adotadas pelas campanhas com base nesse recurso indispensável. 

Algoritmos das redes sociais e trends do Google precisam ser destrinchados por quem tem o olhar atento a cenários e a públicos variados para não dar brechas a conclusões precipitadas e equivocadas, levando corporações a prejuízos incalculáveis. 

O Big Data está longe de ser cascata. Por outro lado, não é uma divindade infalível. 

Mais dados, mais problemas? 

O Big Data tem um poder tão impressionante e assustador que levanta questionamentos éticos pertinentes. Um deles é básico: até que ponto podemos nos valer da análise de dados para interferir na vida das pessoas? 

Podemos citar, como exemplo, um estudo acadêmico envolvendo pessoas que buscam empréstimos. Nele, concluiu-se que era muito comum a utilização de uma mesma linguagem nas buscas na internet pelas menores taxas de juros, seja para quitar dívidas ou fazer compras mais planejadas. 

Sempre atentas, empresas que trabalham com financiamento de todo tipo podem vislumbrar na análise desses dados a oportunidade de faturar mais, ou mesmo negar crédito para consumidores com maiores propensões à inadimplência. Mas é razoável dar todo esse poder a uma corporação por meio do detalhamento do que fazemos, o que procuramos e quais portais acessamos na internet? 

Se é impossível fugir do Big Data, também não podemos descartar as altas possibilidades de problemas causados por seu mau uso. As manipulações de informações para fins políticos não deixam mentir. Como toda tecnologia, das mais rudimentares àquelas avançadas, pode-se ter na análise de dados uma ferramenta para melhorias sociais ou para os piores fins.

O importante é saber que podemos até mentir para nós mesmos ou para as pessoas do convívio, mas é possível rastrear tudo o que for clicado nos celulares e computadores. A partir daí, ninguém está livre de ser direcionado no consumo e na elaboração de opiniões sobre grandes temas da atualidade.

Estar consciente disso reduz problemas e proporciona que o Big Data seja melhor trabalhado em todos seus aspectos. 

Notas finais 

Quando se diz que rastrear os sites que acessamos e as buscas que fazemos na internet fala mais de nossa personalidade do que somos capazes de imaginar, não é à toa. A análise de dados, quando bem feita e contextualizada, deixa claro como padrões de comportamento podem esclarecer de que maneira parcelas da sociedade vão reagir, desde o consumo até a decisão do voto em eleições presidenciais. E aqui, aprendemos o quanto é necessário se atentar a esse fator, especialmente para que não haja um mau uso com o intuito de manipular massas, como já aconteceu anteriormente. 

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