Salomão, o homem mais rico que já existiu - Resenha crítica - Steven K. Scott
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Salomão, o homem mais rico que já existiu - resenha crítica

Salomão, o homem mais rico que já existiu Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Estilo de vida

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Richest Man Who Ever Lived

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-431-0943-5

Editora: Sextante

Resenha crítica

O segredo para vencer qualquer competição

Por meio dos ensinamentos contidos no livro dos Provérbios, Salomão assegura que todas as pessoas que trabalham diligentemente terão riquezas e sucessos crescentes. Entretanto, o dinheiro que chega fácil, isto é, sem o verdadeiro esforço, tende a se perder.

A maioria dos ganhadores da loteria — por mais incrível que pareça — perde tudo em pouco tempo. Com efeito, até mesmo as pessoas mais “sortudas” acabam por perder os seus ganhos e contrair dívidas.

Em Las Vegas, por exemplo, os cassinos oferecem suítes luxuosas gratuitas aos grandes jogadores. Eles não fazem isso por serem generosos, mas porque já sabem que, sejam quais forem os ganhos, esses apostadores acabarão perdendo muito mais.

Por outro lado, o trabalho diligente é lucrativo. Tal lucro pode ser calculado pela conquista de objetivos e a consequente recompensa financeira. Não obstante, estes princípios podem ser estendidos para além do dinheiro.

Se você investir com diligência na qualidade do relacionamento com sua esposa, marido e/ou filhos, os lucros podem ser mensurados pelos níveis de satisfação conquistados pelos membros da família.

O autor adverte, porém, que é necessário muito esforço para realizar um trabalho diligente em qualquer área de sua vida. Essa atitude requer dedicação, criatividade, visão e o estabelecimento de parcerias eficientes.

Essencialmente, se a sua carreira profissional, vida familiar ou relacionamentos com amigos não está gerando “lucro”, você certamente não está aplicando o esforço e a diligência necessária.

Para tanto, é imprescindível perseguir a sabedoria, fazendo dela a base da sua vida. Para Salomão, devemos buscá-la como se ela fosse uma espécie de “tesouro escondido”, pois são raras as ocasiões em que a sabedoria verdadeira espontaneamente aparece diante de nós.

O incrível poder da visão e da esperança

Nossas ideias acerca de temas como “esperança” e “visão” são muito diferentes das noções que Salomão tinha acerca destes conceitos. Em outras palavras, sempre que ouvimos (ou lemos) a palavra “visão” imaginamos alguma coisa abstrata, tal como um sonho ou uma experiência mística.

O mesmo ocorre em relação ao termo “esperança” quando pensamos, rapidamente, em um desejo ou em um pedido. Os nossos conceitos de ambas as palavras estão distantes da ideia de Salomão.

Para ele, a visão não deve ser tida como algo intangível e abstrato. Tampouco, a esperança deve ser resumida a um simples desejo ou um mero pedido. Na realidade, esperança e visão são, antes de mais nada, atitudes precisas e concretas.

Compreender o pensamento salomônico é, portanto, indispensável para efetuar qualquer coisa extraordinária em sua vida. Infelizmente, para a grande maioria dos indivíduos, a palavra “visão” possui pouca relevância em seu dia a dia.

De acordo com Salomão, o mais comum é que as pessoas não tenham visão alguma do que almejam da vida ou, quando a possuem, ela é abstrata e vaga (ser mais rico, ter mais sucesso, dentre outras noções errôneas).

Para que a sua visão não seja limitada como a da maioria das pessoas, Scott enfatiza que é preciso definir uma imagem que seja perfeitamente nítida acerca do seu destino – tão clara que seja possível elaborar um mapa detalhado e minucioso para chegar a ele.

Má comunicação: o problema número um nos negócios e na vida

A maior parte das ideias são rejeitadas, seja em casa ou no trabalho, não porque elas são ruins, mas porque a sua comunicação foi realizada sem persuasão ou eficiência. Nesse sentido, o autor cita um estudo científico feito com grandes executivos que chegou à seguinte conclusão: o maior problema dos negócios é a má comunicação.

Ademais, o renomado conselheiro familiar Gary Smalley aponta que as falhas comunicacionais prejudicam, também, os relacionamentos domésticos. Logo, se você aprimorar as suas habilidades comunicativas, certamente alcançará maior sucesso.

No ambiente familiar, os impactos da comunicação eficiente são ainda maiores. Em quase todos os lares, os diálogos podem ser tanto benéficos quanto destrutivos. Mulheres e homens prejudicam seus relacionamentos ao dizerem coisas inadequadas em horas impróprias (ou nunca dizendo nada, o que também é extremamente nocivo).

Para o autor, devemos considerar que as mulheres, em sua maioria, têm a parte direita de seus cérebros (responsável pelas emoções) como o lado dominante, ao passo que, nos homens, ocorre o contrário: o lado esquerdo (analítico e factual) prepondera.

Tal fato, por si só, já é o bastante para gerar barreiras de comunicações com enorme potencial para a criação de diversos tipos de problemas e atritos. Segundo os especialistas em comunicação, as mulheres falam, em média, de vinte e cinco a cinquenta mil palavras diariamente.

Os homens, no entanto, falam apenas de doze mil a vinte e cinco mil palavras. Essa dinâmica gera ainda mais desencontros. Dessa forma, quando não há boa comunicação mútua, a ligação vivenciada no início do relacionamento amoroso começa a se esvair.

Agora que chegamos na metade do microbook, nos concentraremos em algumas das lições mais valiosas de Salomão, conforme a rica interpretação dada por Scott, incluindo a melhor forma de desbloquear o caminho do sucesso, a importância de evitar o sentimento de arrogância, dentre outras.

Desarmando as armadilhas do caminho para o sucesso

Existe uma armadilha que pode causar um efeito desastroso em nossas vidas: a ingenuidade. Qualquer um pode “cair” nela, mesmo que se trate de uma pessoa instruída, realizada, bem-sucedida e/ou inteligente.

Salomão nos ensina que a ingenuidade está relacionada à forma pela qual lidamos com situações cotidianas. Isto é, não há uma relação direta com o nível de inteligência ou QI.

Uma pessoa ingênua tende a simplificar excessivamente as situações e, por esse motivo, não consegue visualizar os elementos críticos que, eventualmente, tenham efeitos significativos nos resultados analisados.

Dito de outra forma, os gênios podem ser ingênuos. O autor relembra que Salomão considerava a ingenuidade como “ausência de reflexão” antes de decidir um determinado curso de ação.

Nesse contexto, a simplificação desempenha um papel importante. Afinal, temos uma tendência (quase que natural) à simplicidade. Desejamos que as coisas sejam, de fato, simples.

Almejamos a capacidade de entender a realidade imediatamente, ou seja, sem a necessidade de decifrarmos um manual complexo de instruções ou, nas palavras do autor, “fazer o dever de casa”.

Uma vez que tendemos a acreditar em todos e aceitar prontamente tudo o que ouvimos (motivo pelo qual as chamadas “fake news" se propagam com tanta intensidade), Salomão alerta que as mais importantes decisões nunca são simples ou fáceis.

Derrotando o inimigo da felicidade e do sucesso

Entre as atitudes capazes de desencadear consequências devastadoras na sua vida destacam-se a presunção e, sobretudo, a arrogância. Em termos práticos, as sementes destas atitudes estão presentes em cada ser humano.

Aliás, elas já destruíram completamente a vida de muitas pessoas, minando empresas, arruinando famílias e, no limite, causando a derrocada de países inteiros. Todavia, são inescapáveis: teremos de lidar com elas ao longo de nossas vidas, pois as encontramos diariamente, sob uma forma ou outra.

Analogamente, quando as reconhecemos e passamos a lidar com elas, é possível neutralizar o seu poder de nos causar danos. Caso contrário, se as nutrimos ou tentamos ignorá-las, podem crescer como um tumor.

Primordialmente, a arrogância é, muitas vezes, sutil. De tal modo que, nem sempre, a notamos quando estamos sob sua influência. Scott afirma que esse sentimento foi o verdadeiro responsável pela queda de Salomão.

O rei de Israel, a despeito de sua sabedoria, riqueza e poder praticamente ilimitados, perdeu quase tudo devido à arrogância. Isso fez com que Salomão escrevesse que “a arrogância precede a ruína, e o espírito altivo, a queda”.

Logo, a arrogância representa um inimigo tão implacável e astucioso que, por mais que você já conheça o seu poder destrutivo, poderá sucumbir – caso não permaneça vigilante – ao seu canto enganador.

O alicerce do sucesso de Salomão

Conforme mencionado, ninguém precisa ser um acadêmico ou ter um QI elevado para adquirir sabedoria. Decerto, muitos eruditos agiram com insensatez, e os maiores gênios do mundo, em muitas ocasiões, não se saíram bem na área do sucesso material ou da felicidade.

Ao mesmo tempo, vários indivíduos bem-sucedidos no mundo não são considerados gênios ou são acadêmicos. Enfim, nas situações mais críticas de suas existências, eles conseguiram tomar decisões sábias, tornando-se realizados e felizes.

Adquirir verdadeira sabedoria propicia uma base sólida, de modo que você pode construir toda uma vida edificada sobre decisões sábias. Vale lembrar que a sabedoria, em Salomão, é descrita como uma força extremamente ativa.

Nesse sentido, ela pode gerar uma experiência de vida repleta de felicidade e sucesso. Tenha em mente que a sabedoria é totalmente diferente do acúmulo de conhecimentos ou a absorção de informações.

Como vivemos na chamada “era da informação”, podemos obter mais informações em um único dia do que os nossos avós eram capazes de absorver em um ano inteiro. Mas, a simples aquisição de saberes não gera satisfação, felicidade ou sucesso duradouro.

Para tanto, é imprescindível a compreensão, ou seja, distinguir as informações inúteis e falsas das práticas e verdadeiras. De modo geral, a sabedoria pode ser encontrada no fato de utilizar os conhecimentos disponíveis, aplicando-os do melhor modo possível ao longo da vida.

Notas finais

Cumpre ressaltar, por fim, que um dos maiores incentivos do autor aos leitores, a partir da experiência de vida e dos ensinamentos de Salomão, consiste em dar valor às diretrizes da sabedoria, pois elas são mais importantes, até mesmo, do que a sua visão e os seus pensamentos.

Caso você simplesmente ingira os alimentos e a água, jamais poderá usufruir de seus benefícios. Este mesmo princípio é válido para a sabedoria: se uma pessoa se limitar à aquisição de conhecimentos, aumentará pouco o valor intrínseco à sua vida.

Para que a compreensão se transforme, verdadeiramente, em sabedoria, é necessário estar aberto a recebê-la, deixando-a alterar profundamente quem somos. Quando essa aceitação é realizada “de coração aberto”, a sabedoria se manifestará tanto em nossos comportamentos quanto em nossas atitudes.

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Quem escreveu o livro?

Steven K. Scott, escritor, produtor, diretor e empresário de marketing, é um dos fundadores da American Telecast Corporation, uma organização poderosa e multimilionária. É palestrante na área de realização pessoal e... (Leia mais)

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