Desconstruindo a ansiedade - Resenha crítica - Judson Brewer
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Desconstruindo a ansiedade - resenha crítica

Desconstruindo a ansiedade Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Psicologia

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Unwinding anxiety

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 6555642505

Editora: Editora Sextante

Resenha crítica

O que é ansiedade?

A ansiedade e o pânico derivam de uma mesma fonte em comum, algo que está tanto no homem quanto em todo ser vivo: o medo. É graças ao medo que sobrevivemos tanto tempo neste planeta, pense bem: Ao atravessarmos uma rua e um carro chegar perto de nós, é o medo que nos faz reagir instintivamente e sair do caminho. Já a salvo, percebemos o que nos aconteceu e aprendemos que, numa próxima vez atravessando uma rua, precisamos ser mais cuidadosos. Medo e instinto de sobrevivência andam lado a lado. 

Mas claro, medo e ansiedade não são a mesma coisa. Medo é um mecanismo pelo qual nós conseguimos aprender a como reagir em situações de estresse e sobreviver a elas. A ansiedade, por outro lado, é como se fosse um mal funcionamento do cérebro quando ele tenta processar um medo ou uma situação sobre a qual não temos muito controle ou conhecimento. Isso nos deixa confusos e acaba gerando os sintomas que compreendemos como ansiedade, que podem ser vários: batimento cardíaco desenfreado, dificuldade para respirar, insônia, entre tantos outros.

Sabendo que a ansiedade nada mais é que a função de sobrevivência do nosso cérebro sobrecarregada por incertezas, é mais fácil aceitá-la enquanto parte da nossa vida. Sim, a ansiedade acontece, mas o que podemos fazer a partir dessa compreensão? De acordo com o autor, para lidar melhor com a ansiedade devemos focar em duas coisas: o que engatilha nossa mente ansiosa e que sinais que acontecem em nosso corpo quando estamos em meio à uma crise.

Ansiedade e o looping de hábitos

Aprendemos com o autor que ansiedade é o sentimento de preocupação, nervosismo e inquietação, normalmente ligado à preocupação com algo que ainda vai acontecer ou como algo vai acontecer. É essa insegurança e sensação de falta de controle que engatilha o nosso cérebro e nos faz reagir de modo ansioso, como se o instinto de sobrevivência tentasse nos alertar. O que seria esse looping ao qual o autor se refere então? 

O problema é como reagimos à ansiedade. Primeiro, para que fiquemos ansiosos, é preciso que haja uma espécie de gatilho. Esse gatilho vai provocar pensamentos de preocupação: "será que vou conseguir esse emprego?" ou "será que vão rir de mim?". Todos estamos sujeitos a isso, mas como devemos reagir a partir daí? Para Brewer, há dois caminhos possíveis a partir desses pensamentos ansiosos: Podemos evitar o conflito de uma vez por todas, o que nos provoca um sentimento de conforto, ou podemos nos forçar para dentro da situação que nos trouxe ansiedade.

Pode parecer que a primeira saída é uma boa ideia, e talvez a mais lógica em meio a uma crise ansiosa. Porém, se tornarmos algo recorrente em nossas vidas, nosso corpo começará a entender que essa é a única saída possível para nos livrarmos da ansiedade: fugir dos conflitos. A solução, de acordo com o psiquiatra, deveria ser compreender a ansiedade como algo não a ser evitado, mas como algo a ser solucionado. E como podemos fazer isso? Ao perceber nossos padrões, compreender o que de fato nos deixa ansiosos, podemos tentar controlar nosso cérebro e, para isso, precisamos quebrar esse loopings.

 Por exemplo, uma pessoa que fica ansiosa por procrastinar diante de uma demanda muito grande de trabalho, tende a se afastar de suas tarefas e procura conforto em atividades de lazer. Mas o problema que causou a ansiedade não vai desaparecer. Temos que nos policiar para fazer melhores escolhas diante da ansiedade, escolhas estas que no final serão benéficas a longo prazo.

Preste atenção a si mesmo

É fácil falar de ansiedade quando não estamos ansiosos. No momento de uma crise, tendemos a nos concentrar nas sensações imediatas que estamos sentindo, os sintomas que a ansiedade nos causa. Brewer nos dá uma dica: Em vez de focar nos sintomas, foque no motivo que levou àquele sintoma, respire e inspire três vezes e lembre-se: esse motivo não importa de verdade. Ele não lhe coloca em risco.

Outra dica seria: não tente lutar contra a ansiedade, mas se apegue aos seus arredores. Seja curioso, preste atenção naquilo que está perto de você, se distraia do que está sentindo. Mais uma vez, sabemos que é um exercício, e provavelmente ninguém conseguirá, na primeira tentativa, esquecer a taquicardia ou a falta de ar. O autor nos oferece um sistema para tentar burlar as sensações ruins, e é esse sistema de passos que iremos investigar agora.

Primeiro, reconheça o que está acontecendo nesse momento presente. Aceite que está acontecendo, e permita-se sentir os sentimentos ruins - eles vão passar. Agora, de forma curiosa, investigue o que está sentindo - o que você sente quando está ansioso? O que vem primeiro? Seja curioso a respeito de si mesmo, afinal muito de nossa ansiedade vem do medo do desconhecido. E finalmente: anote. Tome notas do que acontece, isso ajuda a prender você no presente!

Não desista de si mesmo

Sabemos o quão difícil é mudar. Até mesmo pequenas mudanças no nosso cotidiano podem ser estressantes, imagine quebrar um mau hábito ou um looping de ansiedade. Tenha paciência consigo mesmo, permaneça curioso e não desista! 

 Notas finais

 Após a pandemia da COVID-19, várias organizações mundiais de pesquisa em saúde perceberam o aumento crescente no número de pessoas com sintomas relacionados a TAG, ou, Transtorno de Ansiedade Generalizada. É importante saber reconhecer esses sintomas e, caso você seja alguém passando por isso, saiba que não está sozinho, e as coisas vão melhorar.

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Quem escreveu o livro?

Judson Brewer é psiquiatra, neurocientista e autor de renome. Ele é fundador da empresa MindSciences inc, também conhecido como Dr. Jud, uma companhia que desenvolve aplicativos para o cuidado da sa... (Leia mais)

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